Flamengo e Bangu chegaram à última rodada do Campeonato Carioca de 1965 separados por, apenas, dois pontos (22 x 20). Até então, só os banguenses haviam conseguido vencer os rubro-negros, por 3 x 0, no returno – 0 x 0 no primeiro turno.
O clima era de muita catimba. Nas vésperas dos jogos decisivos, o técnico Elba de Pádua Lima, o Tim, do Fluminense, denunciou uma tentativa de suborno, para os tricolores facilitarem as coisas para os “Mulatinhos Rosados de Moça Bonita”. Suspense na Gávea. Se o Flu perdesse, no sábado e o Botafogo vencesse o Fla, no domingo, haveria uma série melhor de três, entre Flamengo e Bangu.
Veio, então, a noite de 18 de dezembro de 1965. Com dois minutos jogo, o meia tricolor Evaldo mandou bola na rede. Depois, ninguém mexeu no placar, e o Flamengo ficou campeão, na véspera de encarar os alvinegros, quando não fez muita força e perdeu, por 1 x 0, pois não precisava vencer. Afinal, já era campeão no charmoso ano do IV Centenário do Rio de Janeiro, quando tudo era festa na Cidade Mravilhosa.
Treinado pelo argentino Armando Renganeschi, o Flamengo teve, por time-base, Valdomiro; Murilo, Ditão, Jaime e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho (Fefeu); Paulo “Choco” Alves, Almir, Silva e Rodrigues. Era um grupo sem favoritismo, no início do Campeonato Carioca, pois fracassara em todas as disputas anteriores. No entanto, quando “ festa começou”, botou todo mundo pra dançar. Só perdeu a liderança na terceira rodada do returno, quando levou os 3 x 0 impostos pelo Bangu. Empatou, por 0 x 0, com o mesmo Bangu e o Fluminense, mas, de resto, só bateu, excetuando-se, evidentemente, a derrota da última partida, contra o Botafogo, quando não fez nenhuma questão de correr muito.
Os demais jogos rubro-negros na campanha “quatrocenona” foram: 2 x 1 e 2 x 1 América; 2 x 0 e 1 x 0 Portuguesa; 2 x 1 e 1 x 0 Vasco; 3 x 0 e 1 x 0 Bonsucesso; 2 x 1 Fluminense e 2 x 0 Botafogo. Além disso, o Flamengo ainda foi o campeão dos juvenis e o vice dos aspirantes, neste perdendo o título, para os botafoguenses, por apenas um ponto.
A história completa desta saga rubro-negra está contada no livro “Flatenário”, que o editor do Candangol, Gustavo Mariani, lança, hoje, em livro eletrônico, que pode ser comprado, por R$ 25,00, pelo endereço deste blog e, também, pelo e-mail gustavomariani@ig.com.br.
Grande Mariani. Você é o vascaíino mais rubro-negro que eu já vi. Parabéns pelo blog. Como um fã de pesquisa, como você, não perderi nenhum post. Abraço.
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