Fala-se que a decisão da Copa do Mundo de 1950 levou mais de 2000 mil espectadores ao hoje Estádio Mário Filho, para ver o Brasil perder, por 2 x 1, do Uruguai. Isso nunca se terá certeza. Certo mesmo é que o maior público registrado naquela casa foi em Brasil 1 x 0 Paraguai, pelas Eliminatórias do Mundial de 1970. Na partida, disputada em 31 de agosto de 1969, comprovadamente, 183.341 mil pessoas passaram pelas roletas do estádio.
No entanto, em jogos entre clubes, o maior público continua sendo o de 15 de dezembro de 1963, quando Flamengo e Fluminense disputaram a final do Campeonato Carioca, empataram, por 0 x 0, e o título ficou com os rubro-negros, ante as vistas de 177.020 pagantes.
Tudo leva a crer que a grande afluência de torcedores naquele tarde de domingo se deva, principalmente, ao fato de a torcida do Flamengo estar motivada pelo fato de poder comemorar o título com um empate, além de lavar a alma, pela derrota – por 0 x 3, para o Botafogo – na final carioca de 1962. Isso, evidentemente, além da grande expectativa da, também, grande torcida do Fluminense.
Naquele ano, o campeonato teve 13 clubes, jogos de todos contra todos, turno e returno. Na decisão, o nome do jogo foi o goleiro flamenguista, Marcial, de 22 anos. Pegou tudo. Revelado pelo Atlético-MG e titular da Seleção Mineira, campeã brasileira do mesmo 1963, Marcial calou a torcida tricolor, quando o ponteiro-esquerdo Escurinho, ao final da partida, deu um chute que fez a sua galera levantar para comemorar. Marcial foi lá buscar a bola, mantendo o placar em branco, que o Flamengo, do técnico Flávio Costa, segurava.
O Fla-Flu de maior público no Maracanã foi apitado por Cláudio Magalhães e os dois times jogaram assim: Flamengo: Marcial: Murilo, Luís Carlos, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Nelsinho; Espanhol, Aírton, Geraldo e Osvaldo. Fluminense: Castilho: Carlos Alberto Torres, Procópio, Dario e Altair; Oldair e Joaquinzinho; Edinho, Manuel, Evaldo e Escurinho.
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