quinta-feira, 12 de agosto de 2010

FUTEBOL E ESTADO

UMA RELAÇÃO MUITO ANTIGA

No dia 17 de junho de 1970, dois fatos entravam para a história do Brasil, há 40 anos: a vaga da Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo de 1970, no México, com 3 x 1, sobre o Uruguai, vingando o "Maracanazo" de 1950, e a humilhação, iposta por guerrilheiros urbanos, ao regime militar do general Garrastazu Médici, que era obrigado a trocar 40 "subversivos" presos, pela liberdade do embaixador alemão Ehrenfried Anton Theodor Ludwig Von Holleben, de 61 anos.
A dobradinha Estado-futebol, no Brasil, vem desde 1930, quando o presidente Getúlio Vargas (foto), como fazia Benito Mussolini, na Itália, viu na modalidade um bom meio de transformação de um povo e de consolidação do seu regime de matizes fascistas. Quando tentou estatizar o esporte, para transformá-lo em veículo de aspiração nacional, Getúlio, sem querer, apressou a profissionalização dos futebolistas brasileiros.
 Em 1934, o governo Getúlio Vargas emplacou Lourival Fontes, o homem forte da propaganda do regime, na chefia da delegação brasileira na Copa do Mundo, na França, após calar a imprensa, sobre as críticas ao boicote dos jogadores profissionais à Seleção. Antes em 33, Getúlio determinara que o futebol no país seria amador e o atleta um trabalhador. Assim, de 1934 a 39, se tivesse medidas para anunciar aos trabalhadores, seria em estádio de futebol, para mexer com as massas. Pra coroar seu projeto, que passava pela miscigenação social, "escalou"sua filha, Alzira, como madrinha da seleção que iria à Copa de 38. Veio um terceiro lugar e a consideração do sociólogo Gilberto Freire, de que o futebol brasileiro era uma expressão de democracia racial.
Getúlio caiu , na década 50, e a relação Estado-futebol só voltou a ser turbinada depois que João Goulart, o Jango (foto, segurando a taça), achou que o seu governo populistas tivesse apoio popular e penetração nos meios sindicais. Rolou a bola para o general Medici tirar mais proveito da situação do que Getúlio. Bom de bola como atacante do time juvenil do Bagé, na juventude, Médici era apaixonado e sabia tudo de futebol. Inclusive, tirar partido político dele, a partir da sua obsessão de desenvolver um mandato mais popular do que o “governo provisório” de 15 anos de Getúlio Vargas. Se bem que a patota dele tmbém fizera o mesmo, com os cinco atos institucionais que lhe deram poderes divinos.
Veio, então, a Copa-709 e a seleção brasileira estava totalmente militarizada, até no corte de cabelo. O chefe da delegação era o brigadeiro Jerônimo Bastos e a comissão técnica incluía os capitães Cláudio Coutinho e Raul Carlesso, além do supervisor o major José Bonetti. Sem falar que usou a Escola de Educação Física do Exército, Rio, para vários trabalhos. Médici estava no auge do seu poder, convivendo com crescimento no emprego e na expansão demográfica, mesmo com um estratorférico crscimeto da dadívida extrna, propulsionad pel corrupção militar. E aconteceu o 17 de junho. O embixdor alemão Von Holleben, sequestrado seis dias antes, por "subversivos" armados, fora trocado por “terroristas que desasgragavam o país, num momento em que ele era a pátria de chuteira em torno da Seleção". Médici telefonou a cada um dos jogadores, após os 3 x 1 sobre o Uruguai, e os militares distribuirm nota oficial à imprensa, dizendo que "o ato terrorista no Brasil fora condenado pelos jogdores da Seleção". Ganhar a Copa, era fundmental, para Médici (foto/D)consolidar o seu projeto de poupularidade total.
O Brasil toruxe a taça e o general seria imabativel, se houvesse eleição, segundo o então lider sindical Luis Inácio Lula d Silva, lembrando que havia muito emprego sobrando. Como jogador de futebol era alienado, políticamente, como a maiora da pouplação brasileira, o futebol era um bom meio para o regime encobrir as tortura e prisões do regime. Tri e bola fora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário