segunda-feira, 26 de abril de 2010

26 DE ABRIL DE 1970: PELÉ NA RESERVA

Em 7 de julho de 1957, Pelé estreava na Seleção Brasileira, substituindo Del Vecchio, na partida em que o Brasil perdeu, por 2 x 1, dos argentinos. Mas o garoto não deixou de comparecer à rede. Naquele dia, o futuro “Rei do Futebol” usava a camisa canarinha de número 13, a qual voltaria a usar, 13 anos depois, em 26 de abril de 1970, no Pacaembu, em São Paulo.
Da segunda vez em que foi o 13 da Seleção, Pelé trabalhava para a Copa do Mundo de 1970, no México. O treinador era Mário Jorge Lobo Zagallo, seu colega nas conquistas dos Mundiais de 58 e 62, e o compromisso um amistoso que terminara no 0 x 0, com a Bulgária. Ao site oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Zagalo explicou: “Eu chamei o Tostão e perguntei se ele estava disposto a jogar mais à frente, funcionando como uma espécie de pivô. Foi escalado e, com sua inteligência e talento, acabou sendo um dos jogadores mais importantes da campanha do tricampeonato”.
Enquanto Pelé esquentava o banco, o cruzeirense Tostão usava a camisa 10. Em entrevista, também, ao site oficial da CBF, ele contou: “O Zagallo tinha convocados dois centroavantes, Roberto Miranda, que era o titular, e o Dario. Como eu seria o reserva do Pelé na Copa, ele quis ver com eu me sairia na posição. Por isso, o Pelé ficou no banco”– entrou no segundo tempo. Segundo Zagallo, ele desejava jogar com um centroavante de ofício, Roberto Miranda, seu goleador, no Botafogo, com presença mais fixa na área. Como Tostão não tinha tal característica, seria o reserva de Pelé, no México. “Como do Pelé eu sabia do que esperar, queria ver o Tostão jogando de saída, pois poderia precisar dele na Copa como ponta de lança”, revelou o Lobo ao site www.cbf.com.br.
A Seleção Brasileira daquele dia foi: Félix; Carlos Alberto, Brito, Joel Camargo e Marco Antônio; Clodoaldo (Rivelino) e Gérson; Jairzinho, Roberto Miranda, Tostão (Pelé) e Paulo César (Edu). Três dias depois de colocar Pelé no banco, Zagallo mudou de idéia e deu a camisa 9 a Tostão.
Zagallo havia assumido o comando da Seleção em 22 de março, vencendo o Chile, por 5 x 0, no Morumbi, com gols de Roberto Miranda (2), Pelé (2) e Gérson. Depois em 26 de março, 2 x 1 sobre os mesmos chilenos, no Maracanã, com gols de Carlos Alberto Torres e Rivelino, e um 0 x 0, com o Paraguai, em 12 de abril, também no Maracanã, com Dario, o Dadá Maravilha, e Pelé formando a a dupla ofensiva.

No último amistoso da Seleção, antes da viagem para o México, em 29 de abril de 1970, no Maracanã, o Brasil venceu a Áustria, por 1 x 0, com gol de Rivelino e a dupla de ataque sendo Pelé/Tostão. Contra a Áustria, o Brasil jogou com Félix, Carlos Alberto, Brito, Wilson Piazza e Marco Antônio; Clodoaldo, Gérson e Rivelino; Rogério (Jairzinho), Tostão (Dario) e Pelé. Foi a despedida da Seleção no Maracanã com 57. 370 pagantes.

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