sábado, 9 de abril de 2011

A GUERRA DA UNIFICAÇÃO

De há muito, cartolas de Santos, Palmeiras, Cruzeiro, Botafogo, Fluminense e Bahia pressionam a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para unificar os títulos das disputas nacionais que seu times ganharam. Segundo a TV Globo, embora a assesoria de imprensa da CBF não confirme, o pedido será atendido, pelos próximos dias.
Seguramente, se isso ocorrer, será um autêntico “presente de Natal” para os seis pretendentes, pois não se pode conceber que um time possa ser campeão nacional, dentro de um território de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, jogando, apenas, quatro partidas, como ocorria nos tempos da Taça Brasil. Hoje, para carregar taças e faixas, o Campeonato Brasileiro cobra dos pretendentes a disputa de 38 desgastantes partidas.
A Taça Brasil é considerada a primeira disputa nacional, se bem que houve uma antes dela, na década de 30, como veremos adiante. Apontava o representante brasileira à Taça Libertadores que, por sua vez, mencionava o time da América do Sul que enfrentaria o campeão europeu, para se ter um campeão mundal interclubes, com o aval da Fifa.
Nesse ponto, a história passa pelo Real Madrid. Muit bem! Como Don Santiago Bernabeu vivia vendendo empáfia e dizendo que não havia clube, neste planeta, capaz de vencer os seus rapazes, o congresso de 1958 da Confederação Sul-Americana de Futebol, realizado no Rio de Janeiro, criou a sua competição continental, para se ter um representante capaz de confeir se o time merengue era mesmo invencível. E, como os brasileiros não tinha um campeoanto nacional, criou-se a Taça Brasil, em 1959, que apontaria um representante à Libertadores. De quebra, a então Confederação Brasileria de Desportos, antecessora da CBF, já mandou um tremendo casuísmo no regulamento, para o título não sair do eixo Rio-São Paulo. Enquanto os clubes das demais regiões do País se quebrariam em ‘matas-matas” preliminares, os ‘grandes’ cariocas e paulistas, sempre campeões estaduais, só entrariam nas semifinais. Moleza, não! Só faltou combinarem com o Bahia, o primeiro campeão, com o título decidido já em 1960. Mas isso já é uma outra história e que inclui um grande golpe de malandragem, do cartolão baiano Osório Villas Boas, tão esperto quanto o Rei Dom João II, de Portugal, ao negciar o Tratado de Tordesilhas, em 1494, com a Espanha, que pagou o mico de saber quer Pedro Dalvares Cabral “descobrira” o Brasi, depois que Vicente Yañez Pinzon já havia estado por aqui.
VELHOS CAMPEÕES – Disputada entre 1959 a 1968, a Taça Brasil reunia os campeões estaduais. Além do Bahia, foi vencida por Palmeiras, em 1960/1967; Santos, de 1961 a 1965; Cruzeiro, em 1966, e Botafogo, em 1968. O Bahia foi o campeão que mais jogou durante uma mesma competição. Em 1959, eliminou o Centro Sportivo Alagoano, por 5 x 0 e 2 x 0; o Ceará, por 0 x 0, 2 x 2 e 2 x 1; o Sport Recife, por 3 x 2, 0 x 6 e 2 x 0; o Vasco da Gama, por 1 x 0, 1 x 2 e 1 x 0, e o Santos, por 3 x 2,
0 x 2 e 3 x 1.
A princípio, a disputa incluía só o campeão estadual, mas as edições de 1961, 1964, 1965 e 1966 tiveram dois times paulistas. Os mineiros, também, ganharam, mais um, em 1967. Em 1968, na última edição, São Paulo já não se interessava mais pela competição e nem apareceu. Vale ressaltar, que, em 1965 e em 1968, a CBD não indicourepresentante à Taça Libertadores. Da priemria vez, protentando contra a inclusão dos vice-campeões nacionais, e da da segunda, porque a Taça Brasil só foi terminare depois que a Libertadores de 1969 já tinha um campeão.
De sua parte, a segunda competição nacional, Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi disputado entre e 1967 e 1969, com os dois primeiros vencidas pelo Palmeiras, e o outro, pelo Santos. Aproveitou-se o espírito do antigo Torneio Rio-São Paulo, criado na década de 30 e o expandiu-se para o chamado “Robertão”, com a maioria dos representantes sendo cariocas e paulistas, com a companhia dos mineiros Cruzeiro e Atlético, dos gaúchos Internacional e Grêmio, e do já extinto paranaense Ferroviário. Em 1968, entraram os nordestinos Bahia e Náutico, de Recife. E, como não poderia faltar fatos inusitados no futebol brasileiro, o Palmeiras tornou-se “bicampeão nacional”, no mesmo ano de 1967, vencendo a Taça Brasil e o Robertão.
Em 1970, o Roberto Gomes Pedrosa passou a ser chamado de Taça de Prata e foi vencida pelo Fluminense. Até que, em 1971, surgiu o atual Campeonato Brasileiro, que já foi chamado, pela imprensa, de Campeonato Nacional e Copa Brasil – Atlético-MG (1971), Palmeiras (72/73/93;94); Vasco da Gama (74/89/97/2000); Internacional (75/76/79); São Paulo (77/86/91/2006/07;08); Guarani de Campinas-SP (1978); Flamengo (80/82/83/87/92/2009); Bahia (1988); Grêmio-RS (1981/96); Corinthians (90/98/99/2005); Fluminense (1984/2010); Coritiba (1985); Atlético-PR (2001); Santos (2002/2004) e Cruzeiro (2003) foram os ganhadores do Brasileirão que, de 1971 a 2002, o Campeonato Brasileiro teve diferentes fórmulas de disputa, até que surgiram os pontos corridos, a partir de 2003.
O PRIMEIRÃO - Assim como os campeões da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa reivindicam a unificalção dos eus títulos, América-RJ, Paysandu-PA e Sport-PE, também, podem reivindicar os deles. O primeiro venceu o Toneio dos Campeões, em 1982; o segundo ganhou a Copa dos Campeões, em 2002 – disputa realizada entre 2000 e 2002, com a prmeira vencida pelo Palmeiras e a segunda, pelo Flamengo, reunindo vencedores do Torneio Rio-São Paulo, das Copas, Sul-Minas, Norte, e Centro-Oeste, e do Nordestão. Chegou a indicar o repreentante brasieliro à Taça Libertadores, o que hoje, sai, também, da Copa do Brasil, disputada desde 1989, um “mata-mata”, e teve o Sport-PE campeão, em 2009.
Mas o que já está esquecido é que o primeirio “campeão nacional” foi o Atlético-MG. No longínquo 1937, o Galo venceuo primeiro campeonato interestadual ralizado no País, promovido pela Federação Brasileria de Futebol, o que fez o clube mineiro se declarar, pelo seu hino oficial, “Campeão dos Campeões”, por ter mandado 3 x 2, na decisão, em São Paulo, contra a Portuguesa de Desportos – a disputa incluiu, ainda, o Fluminense,campeão carioca, e o Rio Branco, de Vitória-ES. Op campeão capixaba.

O ÚLTIMO GOL DE PLACA DO REI

Aconteceu numa noite de quarta-feria: 20 de março de 1974. Jogavam Ceub e Santos, pelo então chamado Campeonato Nacional – hoje, Brasileiro – e até quem tinha ingresso comprado teve de pular o muro do então Estádio Silveirão, para ver o "Rei Pelé" em campo. Intensa confusão diante dos potões de entrada, tremenda desorganização, pela colocação de apenas duas bilheterias. Enfim, portões foram arrombados, muros pulados e estádio lotado.
Antes do jogo, Pelé foi homenageado, pelos ceubenses. O lateral-esquedo Rildo, que fora seu colega no Santos e na Seleção Brasileira, entregou-lhe uma placa. Pouco depois,a bola rolou. O Ceub não fo páreo para o Peixe, que mandou 3 x 1, quando poderia mandar muito mais, graças à desarrumação tática do time da casa, que sentia muito a falta do meia Xisté, um dos seus astros.
No primeiro tempo, Santos e Ceub jogaram com muitos passes laterais, sem esquentar a torcida. Mas o "Rei" reinava, procurando o jogo, se deslocando, tentando abrir espaços para os companheiros. Com isso,o Emerson Braga e Luís Carlos se viravam na defesa ceubense, já que o meio-de-campo e o ataque ficavam devendo. O primeiro gol do jogo saiu de uma jogada inciaida pelo Rei. Pelé, que já havia feito umas três grandes jogadas, recebeu a bola, aproveitou-se de um cochilo do volante ceubense Alencar, livrou-se do xerifão Pedro Pradera e lançou Nenê. Livre, pela esquerda de seu ataque, este bateu forte, abriu o placar e ainda furou a rede: 1 x 0.
Aos 32, Pelé fez ojtra grande jogada, para delírio da torcida, mas não marcou. Aos 45, foi a vez do Ceub incomodar. Rogério Macedo chutou forte, o goleiro santista Wilson deu rebote, mas Juraci, da pequena área, chutou por cima das traves. E assim ficou o primeiro tempo.
Na etapa complementar, o jogo foi-se arrastando sem muitasa emoções, até que, aos 31 minutos, o lateral-direito "peixeairo" Hermes serviu Pelé, no seu cmapo. O Reei atravessou a linha divisória do gramado, com bola dominada, passou por Rildo e por Pedrão Pradera. Chegando na cara do goleiro Valdir, quase sem ângulo, Pelé mostrou porque era o !"Rei do Futebol": deu um toque na bola, com o pé esquerdo, mandando-a sobe o corpo caído do camisa um do Ceub,marcando o último gol de placa de sua carreira: 2 x 0.
Com torcida vibrando, pelo gol do camisa 10, e uma tranquila vantagem, o Santos passou a tocar a bola. Mas teve mais: aos 37 minutos, o meia Léo chutou, da intermediária, Valdir atrasou-se no pulo e o "garoto do placar escereveu": Santos 3 x 0. Como a fatura estava liquidada, aos 37 minutos, o zagueiro santista Oberdan cometeu um pênalti e Gilberto fechou a conta em 3 x 1.
FICHA TÉCNICA - Ceub: Valdir; Luis Carlos, Pedro Pradera, Emerson e Rildo; Alencar, Rogério Macedo (Gilberto) e Renê; Cardosinho, Juraci (Carlos Roberto) e Dario.Santos:Wilson; Hermes, Oberdan, Vicente e Turcão: Léo, Nenê (Brecha) e Nelsi; Mazinho, Pelé e Edu (Eusébio).Árbitro: Arnaldo César Coelho, auxiliado por Alaor Ribeiro e Carlos do Amaral.Público: 18.868 ingressos vendidos e, com os penetrras, o mínimo, 40 mil presentes. Renda:Cr$ 191.362,00